Lula, um sopro de alívio

Por Tereza Cruvinel
O Brasil respira aliviado, e uma brisa de normalidade já começa a soprar com a eleição de
Lula. Não houve golpe, as instituições responderam corretamente, o resultado está assimilado. O alívio é nosso, pelo fim do governo mais nefasto que já tivemos depois da ditadura, e é também do mundo. Todos os chefes de Estado ou governo que cumprimentaram Lula expressaram o desejo de começar uma nova cooperação com o Brasil, especialmente na questão ambiental-climática.
Dizem todos uma verdade, proclamada pelo próprio Lula no discurso em que consumou o fato falando como presidente eleito, apesar do silêncio grosseiro de Bolsonaro: a vitória não foi do PT nem dos dez partidos que o apoiaram. Foi de todos que se uniram para derrotar o projeo neofascista, para restabelecer os marcos da democracia e a opção por uma sociedade mais decente, igualitária e justa, consignada na Carta de 1988. Com Lula eleito, retomamos o fio da história democrática iniciada em 1985, com a eleição de Tancredo-Sarney e o fim da ditadura.
Sobre o papel de Lula, é preciso dizer que só com ele poderíamos derrotar Bolsonaro (embora as urnas tenham dito também que o bolsonarismo não está morto). Que só com Lula seria possível enfrentar a campanha mais suja que já vimos e derrotar a máquina governamental, a máquina das mentiras e o assédio aos eleitores por parte dos poderosos, como os empregadores, e dos que se dizem ministros de Deus. Feliz o Brasil por ter tido Lula nessa hora.

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