CNJ determina que desembargador do TRF-4 preste informações sobre denúncia de suspeição feita por Tacla Duran

 

Loraci assumiu relatoria da Lava Jato, mesmo impedido pela lei, já que é irmão do delegado que

atuou na operação e inclusive fez a condução coercitiva de Lula

Tacla Duran, Loraci Flores e Luis Felipe Salomão (Foto:

Ao mesmo tempo em que aceitou apurar a reclamação disciplinar de Tony Garcia contra Gabriela Hardt, o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, também começou a investigar o caso de impedimento do desembargador Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4a. Região, a partir de representação de Rodrigo Tacla Duran.

Loraci é irmão do delegado da Polícia Federal Luciano Flores, um dos mais ativos na Lava Jato, responsável pela condução coercitiva de Lula, em março de 2016, e também pelo inquérito em que Marisa Letícia foi grampeada e teve uma conversa particular com o filho divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

Rodrigo Tacla Duran já havia pedido ao TRF-4, em abril, que o desembargador Loraci Flores de Lima se declarasse impedido para atuar nos processos derivados da Operação Lava Jato. Mas o magistrado  e o tribunal não atenderam ao pedido.

O especialista em direito penal e internacional Frederico Brusamolin disse, na época, que o parentesco “deixa claro” o impedimento do magistrado do TRF-4 na atuação na Lava Jato. É o que dispõe o artigo 252 do Código de Processo Penal:

Juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito.

 

 

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